15 de outubro de 2007

Onde certamente podemos encontrar grandes aglomerações de jovens e adolescentes?

Se estivéssemos respondendo a essa pergunta há duas décadas atrás, provavelmente aconselharíamos uma procura pelos shoppings da cidade, nas saídas dos cinemas, em parques e praças municipais ou em festinhas de aniversário infanto-juvenis, os famosos “bailinhos” de antigamente. Cenários concretos para uma juventude concreta.

Hoje ainda se encontram jovens nesses e em outros territórios urbanos, mas há uma tendência cada vez maior de a juventude se recolher em ambientes fechados, tais como a própria casa, a escola ou os infocentros da cidade. Lá eles podem encontrar a porta para o lugar que responde à pergunta de abertura deste texto. A porta é o computador e o lugar, o admirável mundo novo da internet.

Através do monitor de um PC, o jovem interage em um mundo onde ele vai, em questão de cliques, a shoppings, parques e praças...virtuais. No ciberespaço, conversam com amigos através de programas de chats como o MSN, criam, compartilham e reforçam identidades em redes sociais, como o Orkut ou o MySpace, jogam com amigos conhecidos ou apenas virtuais em jogos online, como o Ragnarok e fazem um pouco (ou muito) de tudo isso, em ambientes interativos virtuais, como o Second Life.

Mas, o que mudou de fato no comportamento dos jovens depois da internet? Há um distanciamento da família e das interações sociais concretas? Há uma tendência a aumentar a intimidade nas relações virtuais e ao mesmo tempo diminui-la nas relações presenciais? Essas e outras questões surgem quando se pensa na relação juventude e internet.

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